A participação na Semana de Meio ambiente realizada pela Prefeitura de Angra dos Reis foi voltada a promoção da conscientização ambiental da população, foi uma oportunidade valiosa para compartilhar informações sobre a conservação das tartarugas marinhas e a importância da preservação dos ecossistemas costeiros.

Durante as atividades, a equipe do Tartaruga Viva promoveu ações educativas, distribuição de materiais informativos e interações com o público, destacando os desafios enfrentados pelas tartarugas marinhas e as atitudes que todos podemos adotar para protegê-las.

A presença do programa reforça nosso compromisso com a sensibilização ambiental e o engajamento da comunidade na defesa da vida marinha.

Entre os dias 2 e 6 de junho, o Programa de Extensão Universidade do Mar (UNIMAR) esteve de portas abertas para receber visitantes durante a Semana do Meio Ambiente. Ao longo da semana, apresentamos os projetos em andamento e as ações desenvolvidas por nossa equipe, com o objetivo de promover a conscientização ambiental e aproximar a sociedade da universidade.

Agradecemos a todos que estiveram presentes e contribuíram para o sucesso do evento.

O Navio Prof. Luiz Carlos, importante plataforma de pesquisa oceanográfica, passou por sua primeira grande manutenção quinquenal, etapa essencial após cinco anos de operações. Esse ciclo de manutenção é fundamental para garantir a das operações e a continuidade das atividades científicas.

Projetado para apoiar o monitoramento ambiental e estudos oceanográficos, o navio atua em campanhas de coleta de dados sobre a qualidade da água, sedimentos, biodiversidade marinha e outras variáveis ambientais. Essas informações são cruciais para compreender os impactos das atividades humanas sobre os ecossistemas costeiros e marinhos, além de subsidiar ações de conservação e políticas públicas baseadas em evidências.

Mandala é uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) que chegou até nós em estado delicado: apática, com baixo escore corporal e presença moderada de epibiontes — algas na carapaça e cracas na pele.

Logo nos primeiros dias, foi realizado um exame radiológico que revelou acúmulo de gases e resíduos sólidos de origem antrópica no trato digestivo — uma realidade infelizmente comum para muitas tartarugas marinhas que confundem lixo com alimento.

Após o início do tratamento, Mandala começou a responder bem: está ativa e se alimentando de lula, camarão e algas. Com o passar dos dias, conseguiu expelir uma grande quantidade desses resíduos junto com as fezes, e segue em recuperação.

O nome "Mandala" foi escolhido com a ajuda da nossa comunidade, através de uma enquete no Instagram — um símbolo de conexão, transformação e esperança.

UNIMAR realiza 1ª campanha de amostragem de comunidades bentônicas de substrato inconsolidado na Baía de Ilha Grande

O Programa de extensão Universidade do Mar (UNIMAR) deu início à sua primeira campanha de amostragem das comunidades bentônicas de substrato inconsolidado na Baía de Ilha Grande, região considerada um "hotspot" de biodiversidade. A ação faz parte de um conjunto de pesquisas voltadas ao monitoramento ambiental marinho e à conservação dos ecossistemas costeiros para a região.

O foco da campanha é avaliar e monitorar os organismos bentônicos de substrato inconsolidado. Essas comunidades são fundamentais para o equilíbrio ecológico, atuando na ciclagem de nutrientes, oxigenação do sedimento e como base da cadeia alimentar marinha.

Durante a amostragem, os pesquisadores coletaram sedimento de fundo para identificar e quantificar as espécies presentes, além de analisar características físico-químicas do sedimento, como granulometria, matéria orgânica, oxigênio dissolvido e salinidade.

As informações obtidas são essenciais para entender os impactos de atividades humanas e mudanças ambientais na região, e servirão de base para estratégias de conservação, ordenamento costeiro e uso sustentável dos recursos marinhos.

Além de seu valor científico, a iniciativa também envolve estudantes de graduação e pós-graduação, fortalecendo a formação acadêmica e o compromisso da UNIMAR com a ciência aplicada e a sustentabilidade marinha.

UNIMAR realiza primeira campanha de monitoramento de costões rochosos na Baía de Ilha Grande

A iniciativa tem como objetivo monitorar as comunidades biológicas desses ecossistemas identificando possíveis alterações na diversidade, composição e distribuição vertical e horizontal, além das relações ecológicas.

Os costões rochosos são formações naturais que abrigam uma grande variedade de espécies marinhas, como algas, moluscos, equinodermas, crustáceos e peixes. Eles funcionam como verdadeiros indicadores da qualidade ambiental, sendo altamente sensíveis a alterações no ecossistema.

Durante o monitoramento, pesquisadores coletam dados sobre a as espécies ocorrentes, presença e abundância de espécies, distribuição vertical, densidade e dados abióticos como temperatura, oxigênio dissolvido, pH e salinidade. As informações obtidas são fundamentais para a elaboração de estratégias de conservação e manejo sustentável da região.

Além de seu valor científico, o projeto também tem um importante papel educativo, envolvendo estudantes e promovendo a conscientização sobre a importância da preservação dos ambientes costeiros. A iniciativa reforça o compromisso da UNIMAR com a ciência aplicada e a sustentabilidade marinha.

Um dos projetos desenvolvidos na UNIMAR engloba o mapeamento das áreas ativas de maricultura na Baía de Ilha Grande. A maricultura, prática de cultivo de organismos marinhos, tem se expandido como alternativa sustentável à pesca tradicional. O mapeamento da atividade permite identificar a localização e distribuição das estruturas de cultivo, bem como registrar as espécies cultivadas, auxiliando no planejamento costeiro e na gestão ambiental.

Mais um dia de gravação do documentário:"Economia Azul: Aquicultura Marinha, Ferramenta para segurança alimentar e empreendedorismo no Estado do Rio de Janeiro". Nessa etapa, as gravações foram direcionadas às ações de maricultura na Baía de Ilha Grande.A maricultura é uma das atividades-chave da Economia Azul, contribuindo para a geração de renda, a criação de empregos sustentáveis e o fortalecimento da segurança alimentar nas comunidades costeiras. Ao aliar inovação, conhecimento tradicional e uso responsável dos recursos marinhos, a maricultura se destaca como uma alternativa viável e estratégica para o desenvolvimento econômico do litoral fluminense.

Doação de Sementes Impulsiona a Maricultura e a Economia Azul na Baía de Ilha Grande.